O Castelo de Bragança localizado na freguesia de Santa Maria, no centro histórico da cidade de Bragança, é um dos mais importantes e bem preservados castelos portugueses. Do alto de seus muros avistam-se as serras de Montesinho e de Sanabria (a norte), a de Rebordões (a nordeste) e a de Nogueira (a oeste).
D. Sancho I (1185-1211) dotou a povoação com a primeira cerca amuralhada em 1188.
Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), determinou-se erguer um segundo perímetro amuralhado em 1293.
Já sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), recebeu obras de beneficiação. Nesta fase, tendo este soberano se envolvido na disputa sucessória de Castela, Bragança foi cercada e conquistada pelas tropas castelhanas, retornando à posse portuguesa apenas mediante a assinatura do Tratado de Alcoutim (1371). A torre de menagem foi construída por volta de 1439.
O castelo é de planta ovalada e foierguido na cota de 700 metros acima do nível do mar, é constituído por uma cerca ameada com um perímetro de 660 metros, reforçada por quinze cubelos. Os panos de muralhas, com espessura média de dois metros, envolvem o núcleo histórico da cidade, ocupando uma área de cerca de três hectares, e delimitam-lhe quatro espaços, orientados por dois eixos viários, cujo principal é a antiga rua da Cidadela. Em seu interior o visitante pode apreciar as edificações da Domus Municipalis (exemplar único no país da arquitectura civil românica e que se acredita tenha tido, primitivamente, as funções de cisterna). Nessa cerca, rasgam-se três portas (duas sob a invocação de Santo Antônio e a Porta do Sol, a Leste) e dois postigos (a Porta da Traição e o Postigo do Poço do Rei).
A principal porta de Santo António, em arco de volta perfeita, entre dois torreões, é defendida por uma barbacã, na qual se situa a Porta da Vila, em arco ogival. No interior, na praça de armas, é possível observar as adaptações dos acessos e as plataformas destinadas à artilharia.
No setor Norte, onde se ergueram as instalações do Batalhão de Caçadores n.° 3, destaca-se a Torre de Menagem, de planta quadrada, com 17 metros de largura, erguendo-se a 34 metros de altura, adossada à cerca. Em alvenaria de xisto, rocha abundante na região, nos cunhais e nas aberturas foi empregado o granito. O seu interior, onde se encontram o calabouço e a cisterna, divide-se em dois pavimentos, com salas cobertas por abóbadas de aresta, reforçadas por arcos torais. Primitivamente uma ponte levadiça acedia a porta em plano mais elevado, hoje substituída por uma escada externa, de alvenaria adossada à face Norte da sua couraça. Na face Sul, a meia altura da torre, encontra-se uma pedra de armas com o brasão da Casa de Avis. O topo é coroado por ameias com seteiras cruzetadas, balcões com matacães, com quatro guaritas cilíndricas nos vértices, dominando, na face Leste e na face Sul, duas janelas góticas maineladas. Uma cerca, reforçada por sete cubelos (três a Leste, três a Oeste e um a Sul) de planta circular, defendem o exterior da torre, delimitando um espaço aproximadamente retangular.
Ainda pelo lado Norte da cerca exterior, junto a um dos cubelos, destaca-se a chamada Torre da Princesa, antigo Paço do Alcaide. Edifício de características residenciais (torre-alcáçova), a sua existência é cercada de histórias, uma das mais populares a Lenda da princesa moura. Em tempos históricos, afirma-se que foi habitada por D. Sancha, irmã de D. Afonso Henriques, a título de refúgio diante das infidelidades conjugais praticadas por seu esposo Fernão Mendes. Nela, também, esteve encarcerada D. Leonor, esposa do quarto duque de Bragança, D. Jaime, acusada (injustamente) de adultério pelo próprio marido. O duque acabou por assassinar a esposa, no Paço Ducal de Vila Viçosa, a punhaladas, a 2 de Novembro de 1512.
No setor sul, um saliente de planta quadrangular é fechado pelo chamado Poço del'Rei, estrutura quinhentista com a função de defesa de uma cisterna.
D. Sancho I (1185-1211) dotou a povoação com a primeira cerca amuralhada em 1188.
Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), determinou-se erguer um segundo perímetro amuralhado em 1293.
Já sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), recebeu obras de beneficiação. Nesta fase, tendo este soberano se envolvido na disputa sucessória de Castela, Bragança foi cercada e conquistada pelas tropas castelhanas, retornando à posse portuguesa apenas mediante a assinatura do Tratado de Alcoutim (1371). A torre de menagem foi construída por volta de 1439.
O castelo é de planta ovalada e foierguido na cota de 700 metros acima do nível do mar, é constituído por uma cerca ameada com um perímetro de 660 metros, reforçada por quinze cubelos. Os panos de muralhas, com espessura média de dois metros, envolvem o núcleo histórico da cidade, ocupando uma área de cerca de três hectares, e delimitam-lhe quatro espaços, orientados por dois eixos viários, cujo principal é a antiga rua da Cidadela. Em seu interior o visitante pode apreciar as edificações da Domus Municipalis (exemplar único no país da arquitectura civil românica e que se acredita tenha tido, primitivamente, as funções de cisterna). Nessa cerca, rasgam-se três portas (duas sob a invocação de Santo Antônio e a Porta do Sol, a Leste) e dois postigos (a Porta da Traição e o Postigo do Poço do Rei).
A principal porta de Santo António, em arco de volta perfeita, entre dois torreões, é defendida por uma barbacã, na qual se situa a Porta da Vila, em arco ogival. No interior, na praça de armas, é possível observar as adaptações dos acessos e as plataformas destinadas à artilharia.
No setor Norte, onde se ergueram as instalações do Batalhão de Caçadores n.° 3, destaca-se a Torre de Menagem, de planta quadrada, com 17 metros de largura, erguendo-se a 34 metros de altura, adossada à cerca. Em alvenaria de xisto, rocha abundante na região, nos cunhais e nas aberturas foi empregado o granito. O seu interior, onde se encontram o calabouço e a cisterna, divide-se em dois pavimentos, com salas cobertas por abóbadas de aresta, reforçadas por arcos torais. Primitivamente uma ponte levadiça acedia a porta em plano mais elevado, hoje substituída por uma escada externa, de alvenaria adossada à face Norte da sua couraça. Na face Sul, a meia altura da torre, encontra-se uma pedra de armas com o brasão da Casa de Avis. O topo é coroado por ameias com seteiras cruzetadas, balcões com matacães, com quatro guaritas cilíndricas nos vértices, dominando, na face Leste e na face Sul, duas janelas góticas maineladas. Uma cerca, reforçada por sete cubelos (três a Leste, três a Oeste e um a Sul) de planta circular, defendem o exterior da torre, delimitando um espaço aproximadamente retangular.
Ainda pelo lado Norte da cerca exterior, junto a um dos cubelos, destaca-se a chamada Torre da Princesa, antigo Paço do Alcaide. Edifício de características residenciais (torre-alcáçova), a sua existência é cercada de histórias, uma das mais populares a Lenda da princesa moura. Em tempos históricos, afirma-se que foi habitada por D. Sancha, irmã de D. Afonso Henriques, a título de refúgio diante das infidelidades conjugais praticadas por seu esposo Fernão Mendes. Nela, também, esteve encarcerada D. Leonor, esposa do quarto duque de Bragança, D. Jaime, acusada (injustamente) de adultério pelo próprio marido. O duque acabou por assassinar a esposa, no Paço Ducal de Vila Viçosa, a punhaladas, a 2 de Novembro de 1512.
No setor sul, um saliente de planta quadrangular é fechado pelo chamado Poço del'Rei, estrutura quinhentista com a função de defesa de uma cisterna.
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