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08 abril 2019

Visitar o Castelo de Bragança - Santa Maria (Bragança)

O Castelo de Bragança localizado na freguesia de Santa Maria, no centro histórico da cidade de Bragança, é um dos mais importantes e bem preservados castelos portugueses. Do alto de seus muros avistam-se as serras de Montesinho e de Sanabria (a norte), a de Rebordões (a nordeste) e a de Nogueira (a oeste).
D. Sancho I (1185-1211) dotou a povoação com a primeira cerca amuralhada em 1188.
Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), determinou-se erguer um segundo perímetro amuralhado em 1293.
Já sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), recebeu obras de beneficiação. Nesta fase, tendo este soberano se envolvido na disputa sucessória de Castela, Bragança foi cercada e conquistada pelas tropas castelhanas, retornando à posse portuguesa apenas mediante a assinatura do Tratado de Alcoutim (1371). A torre de menagem foi construída por volta de 1439.
O castelo é de planta ovalada e foierguido na cota de 700 metros acima do nível do mar, é constituído por uma cerca ameada com um perímetro de 660 metros, reforçada por quinze cubelos. Os panos de muralhas, com espessura média de dois metros, envolvem o núcleo histórico da cidade, ocupando uma área de cerca de três hectares, e delimitam-lhe quatro espaços, orientados por dois eixos viários, cujo principal é a antiga rua da Cidadela. Em seu interior o visitante pode apreciar as edificações da Domus Municipalis (exemplar único no país da arquitectura civil românica e que se acredita tenha tido, primitivamente, as funções de cisterna). Nessa cerca, rasgam-se três portas (duas sob a invocação de Santo Antônio e a Porta do Sol, a Leste) e dois postigos (a Porta da Traição e o Postigo do Poço do Rei).
A principal porta de Santo António, em arco de volta perfeita, entre dois torreões, é defendida por uma barbacã, na qual se situa a Porta da Vila, em arco ogival. No interior, na praça de armas, é possível observar as adaptações dos acessos e as plataformas destinadas à artilharia.
No setor Norte, onde se ergueram as instalações do Batalhão de Caçadores n.° 3, destaca-se a Torre de Menagem, de planta quadrada, com 17 metros de largura, erguendo-se a 34 metros de altura, adossada à cerca. Em alvenaria de xisto, rocha abundante na região, nos cunhais e nas aberturas foi empregado o granito. O seu interior, onde se encontram o calabouço e a cisterna, divide-se em dois pavimentos, com salas cobertas por abóbadas de aresta, reforçadas por arcos torais. Primitivamente uma ponte levadiça acedia a porta em plano mais elevado, hoje substituída por uma escada externa, de alvenaria adossada à face Norte da sua couraça. Na face Sul, a meia altura da torre, encontra-se uma pedra de armas com o brasão da Casa de Avis. O topo é coroado por ameias com seteiras cruzetadas, balcões com matacães, com quatro guaritas cilíndricas nos vértices, dominando, na face Leste e na face Sul, duas janelas góticas maineladas. Uma cerca, reforçada por sete cubelos (três a Leste, três a Oeste e um a Sul) de planta circular, defendem o exterior da torre, delimitando um espaço aproximadamente retangular.
Ainda pelo lado Norte da cerca exterior, junto a um dos cubelos, destaca-se a chamada Torre da Princesa, antigo Paço do Alcaide. Edifício de características residenciais (torre-alcáçova), a sua existência é cercada de histórias, uma das mais populares a Lenda da princesa moura. Em tempos históricos, afirma-se que foi habitada por D. Sancha, irmã de D. Afonso Henriques, a título de refúgio diante das infidelidades conjugais praticadas por seu esposo Fernão Mendes. Nela, também, esteve encarcerada D. Leonor, esposa do quarto duque de Bragança, D. Jaime, acusada (injustamente) de adultério pelo próprio marido. O duque acabou por assassinar a esposa, no Paço Ducal de Vila Viçosa, a punhaladas, a 2 de Novembro de 1512.
No setor sul, um saliente de planta quadrangular é fechado pelo chamado Poço del'Rei, estrutura quinhentista com a função de defesa de uma cisterna.

26 janeiro 2019

19 janeiro 2019

Visitar a Aldeia Típica de Montesinho - França

A Aldeia de Montesinho, localizada na Freguesia de França, é uma aldeia típica transmontana, situada nos contrafortes da Serra de Montesinho, a cerca de 1000 metros de altitude, em pleno Parque Natural de Montesinho.

27 julho 2018

Visitar o Parque Natural de Montesinho

O Parque Natural de Montesinho situa-se em Trás-os-montes, abragendo o Concelho de Bragança, e o de Vinhais. Tem cerca de 75 mil hectares. As temperaturas variam entre – 12º C e 40º C.
Apresenta um relevo heterogéneo, com planaltos cortados por profundos vales, bem como algumas serras, das quais se destaca a Serra de Montesinho, no concelho de Bragança. As altitudes variam entre os 1486 metros, na Serra de Montesinho e os 438 metros no leito do rio Mente.
Os xistos são as rochas dominantes, mas podem ainda ser encontrados granitos, rochas ultrabásicas e pequenas manchas calcárias.
O Parque Natural de Montesinho é atravessado por alguns dos cursos de água mais importantes da bacia hidrográfica do Rio Douro.
Na área do Concelho de Bragança, existem os rios Sabor, Maçãs e Baceiro. O Sabor nasce na fronteira com a Espanha, nos cumes da Serra de Montesinho, passando a pouca distância de Bragança. O Maçãs nasce em Espanha, e faz a fronteira internacional em dois trechos distintos. O Baceiro nasce também em Espanha, sendo o mais pequeno dos rios principais, no seu percurso existe um importante viveiro de trutas.
Existe um grande diversidade de fauna e flora no Parque Natural. Os urzais, estevais e giestais, vulgarmente apelidados de matos, ocupam amplos territórios de solos abandonados pela agricultura, orlas de bosques ou terrenos outrora ocupados por um bosque autóctone. Os matos, e particularmente os que ocorrem a maiores altitudes, são biótopos de extrema importância para diversas espécies da fauna selvagem. Os lameiros, também designados por prados ou pastagens de montanha, encontram-se associados a grande parte das zonas ribeirinhas. Os soutos de castanheiros  representam a maioria dos terrenos agrícolas. Os bosques de azinheira, conhecidos por sardoais, ocorrem nas áreas menos elevadas. Finalmente, os bosques de carvalho-negral são um dos principais tipos de vegetação arbórea autóctone que ocorre no Parque fazendo parte de um contínuo que se prolonga para sul, até à serra da Nogueira. 
O Parque Natural de Montesinho tem cerca de duzentas e cinquenta espécies de vertebrados e uma elevada riqueza e diversidade também de invertebrados.
Destaca-se a presença do lobo-ibérico, do veado, da toupeira-de-água, do gato-bravo, do morcego-de-ferradura-grande e do rato-dos-lameiros. Há cerca de 160 espécies de aves, incluindo a águia-real e a cegonha-preta.