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25 maio 2011

Visitar a Igreja Matriz de Avintes

A Igreja Matriz de Avintes foi construída em 1787, para substituir a outra mais antiga.
Esta Igreja possui uma fachada mo­desta, mas com linhas arquitecturais bastante harmónicas. Ao meio entre as pilastras, apresenta quase no vértice do frontispício um nicho, onde se encontra a imagem de S. Pedro, por baixo, a janela de linhas curvas do coro e a porta principal sobre a qual se des­taca, por entre os ornamentos, as insígnias pontificais do padroeiro.
Ao lado ergue-se a torre, um pouco desalinhada da fachada, re­matada por uma pirâmide quadrangular, onde se encontram 4 sinos de fabrico recente. Todo o edifício é coberto de azulejos antigos.
O interior apresenta altares colaterais, especial­mente o da Senhora do Rosário, os outros altares são o de Santa Ana e o do Senhor dos Passos.
A igreja foi pintada pelo bracarense Feliciano Joaquim da Costa. Essa pintura ainda perdura, apenas o tecto já foi restau­rado e reformado. O antigo era de aduelas de castanho pintadas de branco e tinha, sobre as cornijas laterais, ornatos coloridos entre os quais se salientavam doze escabelos de fantasia, sobre seis destes encontravam-se anjos sentados com flores e palmas na mão, e nos outros depunham urnas de flores, ao centro abriam-se três grandes florões.
O interior é decorado de rica talha dourada, merecendo espe­cial relevo a do altar da capela-mor e a dos altares do transepto, as quais são magníficos exemplares de talha joanina. O púl­pito, de base granítica, possui uma balaustrada simples de madeira. Quatro grandes janelas e o óculo da fachada deixam entrar a luz natural, fazendo realçar a beleza e harmonia desta igreja.
Quanto ao recheio, merece menção especial uma imagem em madeira da Nossa Senhora com o Menino, provavelmente do séc. XIV, bem como a de Santa Ana, do mesmo material, datada do séc. XVIII.
No que respeita ao órgão é provável que tenha sido trazido da capela da igreja dos Terceiros Dominicanos.
Na sacristia encontram-se os retratos a óleo de três avintenses falecidos no Brasil e que, no seu testamento, não esqueceram as confrarias mais importantes, bem como os de alguns párocos que por lá passaram.

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