O Convento das Chagas de Cristo, localizado na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, era uma casa religiosa fundada em 1514 por D. Jaime, 4.º duque de Bragança.
Posteriormente, o convento foi entregue às monjas da ordem feminina de Santa Clara.
O padroado do cenóbio manteve-se na Casa de Bragança até ao século XIX, altura em que foi anexado pela Fazenda Nacional. Mais tarde, o rei D. Carlos voltaria a adquiri-la para a Casa de Bragança. Em 1932, o exilado D. Manuel II doou o convento ao Arcebispado de Évora. As suas instalações foram utilizadas para diversos fins, estando, presentemente, a sofrer importantes obras de restauro e reintegração.
O portal principal da igreja localiza-se na parede lateral, espaço que assume o maior protagonismo arquitectural. Vários e desnivelados elementos compõem a sua estrutura. O portal revela uma linguagem renascentista constituído por pilastras ladeando um arco de volta perfeita, marcado por frontão ressaltado e medalhões antropomórficos nas cantoneiras. Lateralmente impõe-se um janelão rectangular. No lado oposto, o corpo dos coros e da nave é marcado por contraforte dividindo dois monumentais arcos cegos. Contígua sobressai a torre de quatro sinos, encimada por vertical coruchéu hexagonal e marcado por quatro pináculos.
A nave, única e ampla, apresenta uma cobertura de abóbadas ogivais nervuradas e artesoadas, filiando-se na arte manuelina e revelando uma profusa decoração classicista de emblemática franciscana, rodeada por motivos fitomórficos, zoomórficos e de pequenas cabeças de anjos. As paredes apresentam-se revestidas por azulejos do século XVII, realçando a beleza de pinturas narrando episódios da vida de S. Francisco de Assis. No espaço da nave surgem quatro altares de talha dourada, os dois colaterais seiscentistas, enquanto os restantes laterais são obra barroca do século XVIII e se encontram enquadrados por silhares de azulejos.
O arco de triunfo da capela-mor é moldurado com clássicos motivos em mármore branco, sendo a cobertura da cabeceira realizada por abóbada manuelina polinervurada. No século XIX, as paredes e o tecto da capela-mor receberam pinturas neoclássicas. O retábulo-mor é de talha dourada do século XVII, apresentando uma tela com o episódio da "Incredulidade de S. Tomé", para além de um sacrário triangular com um relevo da "Ressureição de Cristo".
Os mais espantosos apontamentos arquitectónicos do cenóbio revelam-se nos dois coros. A Capela de S. João Baptista - mostrando o seu belo retábulo quinhentista de "S. João em Patmos" e bons apontamentos de azulejos e de frescos na abóbada - estabelece a ligação à sacristia e ao claustro, partindo deste pátio o acesso ao admirável coro baixo - panteão das mais ilustres senhoras da Ordem das Clarissas e da Casa de Bragança, sob as quais se encontra a cripta das abadessas. Este coro baixo é obra do século XVII e apresenta abóbada manuelina de aresta, sustentada por coluna central, estrutura alterada pela decoração rocaille da segunda metade do século XVIII.
O acesso ao monumental coro alto é realizado por um antecoro profusamente decorado. Esta ala conventual é de maiores dimensões do que a igreja, estando coberta por uma abóbada de berço pintada com motivos barrocos do século XVII.
O claustro do século XVI foi reformulado no século seguinte. A claustra é formada por dois andares e cada galeria está dividida em cinco tramos contrafortados. O piso inferior é preenchido por uma dupla colunata de arcos de volta perfeita, enquanto o andar superior é ritmado por aberturas rectangulares duplas e separadas por pilastras em mármore. Na parte superior do claustro foram edificadas outras dependências, enquanto o espaço interno das galerias claustrais possui pequenas capelas revelando sepulturas, altares, pinturas murais e outras decorações.
Actualmente este convento funciona como Pousada.
Posteriormente, o convento foi entregue às monjas da ordem feminina de Santa Clara.
O padroado do cenóbio manteve-se na Casa de Bragança até ao século XIX, altura em que foi anexado pela Fazenda Nacional. Mais tarde, o rei D. Carlos voltaria a adquiri-la para a Casa de Bragança. Em 1932, o exilado D. Manuel II doou o convento ao Arcebispado de Évora. As suas instalações foram utilizadas para diversos fins, estando, presentemente, a sofrer importantes obras de restauro e reintegração.
O portal principal da igreja localiza-se na parede lateral, espaço que assume o maior protagonismo arquitectural. Vários e desnivelados elementos compõem a sua estrutura. O portal revela uma linguagem renascentista constituído por pilastras ladeando um arco de volta perfeita, marcado por frontão ressaltado e medalhões antropomórficos nas cantoneiras. Lateralmente impõe-se um janelão rectangular. No lado oposto, o corpo dos coros e da nave é marcado por contraforte dividindo dois monumentais arcos cegos. Contígua sobressai a torre de quatro sinos, encimada por vertical coruchéu hexagonal e marcado por quatro pináculos.
A nave, única e ampla, apresenta uma cobertura de abóbadas ogivais nervuradas e artesoadas, filiando-se na arte manuelina e revelando uma profusa decoração classicista de emblemática franciscana, rodeada por motivos fitomórficos, zoomórficos e de pequenas cabeças de anjos. As paredes apresentam-se revestidas por azulejos do século XVII, realçando a beleza de pinturas narrando episódios da vida de S. Francisco de Assis. No espaço da nave surgem quatro altares de talha dourada, os dois colaterais seiscentistas, enquanto os restantes laterais são obra barroca do século XVIII e se encontram enquadrados por silhares de azulejos.
O arco de triunfo da capela-mor é moldurado com clássicos motivos em mármore branco, sendo a cobertura da cabeceira realizada por abóbada manuelina polinervurada. No século XIX, as paredes e o tecto da capela-mor receberam pinturas neoclássicas. O retábulo-mor é de talha dourada do século XVII, apresentando uma tela com o episódio da "Incredulidade de S. Tomé", para além de um sacrário triangular com um relevo da "Ressureição de Cristo".
Os mais espantosos apontamentos arquitectónicos do cenóbio revelam-se nos dois coros. A Capela de S. João Baptista - mostrando o seu belo retábulo quinhentista de "S. João em Patmos" e bons apontamentos de azulejos e de frescos na abóbada - estabelece a ligação à sacristia e ao claustro, partindo deste pátio o acesso ao admirável coro baixo - panteão das mais ilustres senhoras da Ordem das Clarissas e da Casa de Bragança, sob as quais se encontra a cripta das abadessas. Este coro baixo é obra do século XVII e apresenta abóbada manuelina de aresta, sustentada por coluna central, estrutura alterada pela decoração rocaille da segunda metade do século XVIII.
O acesso ao monumental coro alto é realizado por um antecoro profusamente decorado. Esta ala conventual é de maiores dimensões do que a igreja, estando coberta por uma abóbada de berço pintada com motivos barrocos do século XVII.
O claustro do século XVI foi reformulado no século seguinte. A claustra é formada por dois andares e cada galeria está dividida em cinco tramos contrafortados. O piso inferior é preenchido por uma dupla colunata de arcos de volta perfeita, enquanto o andar superior é ritmado por aberturas rectangulares duplas e separadas por pilastras em mármore. Na parte superior do claustro foram edificadas outras dependências, enquanto o espaço interno das galerias claustrais possui pequenas capelas revelando sepulturas, altares, pinturas murais e outras decorações.
Actualmente este convento funciona como Pousada.
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