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11 março 2010

Visitar o Trilho da Geira Romana em São João da Balança

O Trilho da Geira, um percurso pedestre de pequena rota (PR), de âmbito histórico e paisagístico, apresenta uma extensão de 9,5 km, com um tempo de duração de 4 horas, sendo o grau de dificuldade médio. Este percurso alonga-se pelos caminhos agrícolas das freguesias de Chorense e da Balança, que encerram em si vestígios históricos de elevado interesse turístico e cultural. Esse interesse advém, sobretudo, da existência de marcas da actividade romana, a Geira e as Milhas que na Freguesia de São joão da Balança são as milhas: XV, no sítio de Cantos ou Bico da Geira, XVI no lugar do Penedo dos Teixugos.
O interesse da mesma região estende-se ao ambiente arquitectónico das aldeias típicas em granito, onde persiste o ambiente rural e acolhedor, e ao ambiente físico e natural que é facilmente perceptível em muitos dos locais do trilho.


Fauna

Neste percurso pode ver-se uma diversidade de animais, desde anfíbios, répteis, aves e gado nos seus habitats naturais. Nos locais mais expostos aos raios solares aparecem répteis, como o sardão (Lacerta schreiberi), a lagartixa-de-bocage (Podarcis bocagei) e a lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus). Bem como a cobra-rateira (Malpolon monspessulanus).

Pode avistar-se a águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), a gralha (Corvus corone) a cia (Emberiza cia), o pintarroxo (Carduelis cannabina) e a alvéola-branca (Motacilla alba).

O traçado do trilho percorrido na via romana, apresenta habitats frequentados pelo lobo (Canis lupus), raposa (Vulpes vulpes), fuinha (Martes foina), esquilo (Sciurus vulgaris), cavalo (Equus caballos).

Os anfíbios, como a rã-ibérica (Rana iberica), o tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai), o tritão-marmorado (Triturus marmoratus), observam-se em locais com água, como charcos, ribeiros, etc.


Flora

No início e ao longo do troço da via romana (Geira), desponta uma área tipicamente de matos, constituída por Ericaceas, Leguminosas e Cistaceas.

Nas zonas mais encharcadas, até ao fim do troço da Geira, despontam várias espécies, como o ranúnculo (Ranunculus repens) e a patinha (Peplis portula).

Depois de Chãos de Vilar, despontam espécies arbustivas, como sobreiros (Quercus suber) e das herbáceas o trovisco-fêmea (Daphne gnidium) e a madressilva-das-boticas (Lonicera periclymenum). Na ribeira da Igreja, surge uma galeria de belos exemplares de freixos, salgueiros, carvalhos, amieiros e escalheiros. Associadas às espécies arbóreas, surgem as acompanhantes ripícolas, como o feto-real (Osmunda regalis) e cinco-em-rama (Potentilla erecta). Prosseguindo-se, já nos povoados rurais, predomina um ambiente agrícola com um estrato arbóreo implantado pelo Homem.

Ao retomar a via romana, avulta uma área de matos atlânticos, incluindo os tojais (Ulex europaeus e Ulex minor), giesteira-branca (Cytisus scoparius) e olho-de-môcho (Tolpis barbata). Até ao fim do trilho, o trajecto é acompanhado pela espécie Daboecia cantábrica, surgindo o linho (Linum bienne), a salva-bastarda (Teucrium scorodonia) e o hipericão-do-Gerês (Hypericum androsaemum).


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